Veja a importância do Ibama para a construção de casas de madeira
Parte da série sobre sustentabilidade, é importante destacar que as normas reguladoras para a construção em madeira também fazem parte do processo de construção sustentável, assim como o órgão responsável pela certificação da madeira utilizada e o desperdício de materiais.
As empresas que aderem a um padrão de excelência capaz de atestar a máxima qualidade de suas atividades podem se submeter a diferentes processos de certificação, que avaliam o seu desempenho com base em normas específicas para cada setor.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) possui a norma ABNT/CB-031 (elaborada pelo Comitê Brasileiro de Madeira). Esse regulamento compreende produtos madeireiros em geral, como madeiras serradas, chapas de compensado, painéis de fibras e particulados, cavacos de madeira; produtos de madeira, como portas, pisos, cruzetas, postes e carreteis; preservação e também o tratamento de produtos madeireiros e de madeira. Já a norma de desempenho ABNT/NBR 15.575 regula a utilização da madeira na construção civil. A norma também merece atenção especial, por ser cada vez mais relevante no mercado construtivo nacional, pois diz respeito a pontos fundamentais de uma construção, tais como: as características geomorfológicas do lugar, as condições de agressividade ao ambiente, a necessidade de interações com construções próximas para a diminuição de impactos, o controle de resíduos, o uso de recursos, entre outros.
É importante ressaltar que a obra uma casa pré-fabricada de madeira gasta pouca ou nenhuma água durante sua construção e que o consumidor deve exigir da construtora as documentações que comprovem que a madeira é certificada. Além disso, casas pré-fabricadas em madeira reduzem significativamente o tempo de construção das obras se comparado à residência tradicional de alvenaria. Para saber mais, clique aqui.
O Brasil situa-se entre os 10 maiores países que são referência em reflorestamento no mundo, com a estimativa de 6,4 milhões de hectares, ou seja, a construção de casas de madeira não contribui para a questão do desmatamento ilegal. As Casas Condor utilizam a madeira Imbuia para a edificação de seus imóveis pré-moldados em madeira e esse material é certificado e fiscalizado pelo Ibama, que exige reposição vegetal em locais que foram anteriormente explorados. O órgão ainda é responsável por executar ações das políticas nacionais de meio ambiente, referentes às atribuições federais e relativas ao licenciamento ambiental, ao controle da qualidade ambiental, à autorização de uso dos recursos naturais e à fiscalização, monitoramento e controle ambiental, observadas as diretrizes emanadas do Ministério do Meio Ambiente.
No que se refere às construtoras, a certificação LEED da Greenbuilding Council Institute é reconhecida internacionalmente e exige requisitos de sustentabilidade na construção civil, tais como: Implantação Sustentável, Eficiência Hídrica, Energia e Atmosfera, Materiais e Recursos, Conforto Ambiental, Inovação e Projeto, além de Crédito Regional.
Com o aumento do uso da madeira, foi criado em 2009 o programa Madeira é Legal, uma iniciativa de empresas e entidades do setor madeireiro, da construção civil e da sociedade civil, com o apoio da organização não-governamental WWF-Brasil. A madeira legal é aquela que cumpre todos os requisitos previstos na lei quanto à documentação (emitida pelos órgãos ambientais federais ou estaduais). Já a madeira certificada é aquela que não só tem a documentação de acordo com a lei, mas também passou por um processo de certificação.Para que isso aconteça, o processo de certificação deve assegurar a manutenção da floresta, por meio do manejo florestal, previsto em Lei, bem como o cumprimento da legislação trabalhista e a viabilidade econômica da atividade em longo prazo. Na exploração racional das florestas há menos desperdício, o que consequentemente permite explorar a floresta por mais tempo.
Veja, na próxima matéria desta série sobre sustentabilidade, como as novas tecnologias contribuem para a construção sustentável.
Por Caroline Nunes