Como já dito anteriormente, de uns anos para cá a sustentabilidade passou a fazer parte das prioridades da construção civil. É mais um desafio para construtoras – sejam de casas de madeira ou não – e incorporadoras, diretamente relacionado com a questão da eficiência na gestão das empresas. Isto se dá porque a cada dia aumenta a demanda por construções que não agridam o meio ambiente.

Em uma sociedade alarmada com os sinais de que a degradação ambiental chegou a um limite perigoso, pensar maneiras inteligentes de sustentabilidade é viável, por principalmente utilizar os recursos naturais de forma responsável.

Afinal, por que para a construção civil é tão importante quando se fala de sustentabilidade? A resposta é, principalmente, alto consumo de recursos naturais. De acordo com o Conselho Internacional de Construção (CBI) é o setor de todas as atividades humanas que mais consome recursos naturais e também o que utiliza energia de maneira mais intensiva, gerando consideráveis impactos ambientais. Dados do Ministério do Meio Ambiente mostram também que, além dos impactos relacionados ao consumo de energia, há aqueles associados à geração de resíduos sólidos, líquidos e gasosos. Estima-se que mais de 50% dos resíduos sólidos gerados pelo conjunto das atividades humanas sejam provenientes da construção.

O que se recomenda para isso?

A resposta é simples: gestão inteligente. Isso engloba diversos aspectos. Mudança nos conceitos de arquitetura convencional, na direção de projetos flexíveis com possibilidade de readequação para futuras mudanças, por exemplo. Isso facilita o uso e atendimento de novas necessidades, reduzindo as demolições.

É possível também buscar soluções que potencializem o uso racional de energia ou de energias renováveis, gerenciar melhor a utilização da água, reduzir do uso de materiais com alto impacto ambiental, diminuir a produção de resíduos da construção, com modulação de componentes para diminuir perdas e especificações que permitam a reutilização de materiais.

Para uma construtora de casas de madeira, ainda é importante utilizar matéria prima certificada e também replantar as árvores, o que evita o desmatamento.

O grande desafio é

Realmente, passar da teoria à prática. Neste sentido, as referências mais importantes são as normas da ABNT para tornar a construção sustentável.   Entre elas, vale citar a ABNT NBR 15.112: “Resíduos da construção civil e resíduos volumosos – Áreas de transbordo e triagem – Diretrizes”. Ela orienta como projetar, implantar e operar uma área de transbordo e triagem.  É fundamental para a gestão correta dos resíduos sólidos, reduzindo os impactos no ambiente.

A ABNT também disponibiliza normas específicas sobre o uso de blocos de vidro na construção civil, como a ABNT NBR 15. 215 – “Iluminação natural – Parte 1: Conceitos básicos e definições”.  Esses blocos são muito utilizados na construção de paredes para realçar a iluminação natural e reduzir o consumo de energia.

Também existem normas da ABNT sobre aquecimento solar da água, reaproveitamento da água da chuva em coberturas de áreas urbanas, construção em madeira, tanques sépticos em locais que não exista esgotamento sanitário, tijolo de solo-cimento entre outras. O reaproveitamento da água da chuva tem sido bastante incorporado nos projetos de novas casas, edifícios e outros empreendimentos, como estádios de futebol. Além de ser sustentável, traz uma economia razoável para os donos dos imóveis.

Portanto, seguir essas diretrizes para pensar de forma sustentável em todo o processo de uma obra é a maneira inteligente de gerir os projetos. Lembre-se que ações sustentáveis combinadas funcionam melhor do que atitudes individuais.

Casas Condor faz o seu papel, construindo casas pré-fabricadas em madeira, o que, por si só, já é um ato sustentável, pois a madeira é o único item renovável dentre os vários utilizados na construção civil.

Na próxima matéria aprenda sobre uso sustentável da madeira.