É importante se precaver contra possíveis incidentes e garantir segurança para o seu patrimônio

A compra de uma casa própria – seja ela de madeira ou alvenaria – está entre os objetivos mais almejados pelos brasileiros. Ter o próprio imóvel garante, principalmente, estabilidade, segurança e conforto para a família.

Ainda assim, é menos usual fazer um seguro para a casa própria do que para um automóvel, por exemplo. Essa menor adesão se dá por desconhecimento ou mesmo pela falta de cultura da contratação do seguro residencial.

Morar em casas localizadas em regiões com grande incidência de vendavais ou alagamentos, ou até mesmo em local em que o fornecimento de energia elétrica não seja muito estável, com picos de luz frequentes é arriscado para o imóvel. Nesses casos, uma apólice para cobrir a reposição dos bens e uma eventual reconstrução da casa pode valer muito a pena. O custo de um seguro-residência abrangente não costuma ultrapassar 0,5% do valor do imóvel, chegando, quando muito, a 1% desse valor, ao passo que o seguro de carro costuma variar entre 3% e 9% do valor do veículo.

Seguro para casas de madeira

Ainda mais comuns em meios rurais e no campo, as casas de madeira são aconchegantes e de construção rápida. As empresas que vendem e montam as casas de madeira são obrigadas por lei a dar cinco anos de garantia em caso de problemas estruturais. Além disso, com uma boa construção e manutenção, essas casas costumam ter vida útil bastante extensa, sendo reconhecidas construções de quase meio milênio.

As casas de madeira são elegíveis para serem seguradas, da mesma forma que uma casa de alvenaria. São levados em conta na hora de calcular o preço final do seguro residencial: valor do imóvel, valor de indenização, quantidade de coberturas, franquia, tipo do imóvel, equipamentos de segurança, entre outros.

O valor de contratação não é alto. O seguro não costuma passar nem 1% do valor de reconstrução do imóvel. Isto quer dizer que se o valor da sua casa for de R$200 mil, o seguro dificilmente vai passar R$2 mil. Sendo assim, com um pequeno investimento você garante a proteção da sua residência com diversas coberturas.

Como a seguradora calcula o valor da indenização?

Você será indenizado até o valor máximo que contratou para cada cobertura.

Quando se trata da reconstrução do imóvel, destruído por fogo, raio ou explosão, o cálculo será baseado no custo do metro quadrado, conforme o padrão de construção.

A indenização, nesse caso, não inclui o custo do terreno, porque sobre este será refeita a sua residência.

Se houver perda total da sua residência e pertences, o limite máximo de indenização vai corresponder ao valor da avaliação do seu imóvel, determinado na apólice.

Deduções

O cálculo da indenização vai levar em conta o custo de reposição ao preço corrente do dia e local do sinistro, diminuindo a depreciação pelo uso, idade e estado de conservação do imóvel.

Alguns contratos preveem que o valor de avaliação do seu imóvel poderá ser pago integralmente, desde que seja superior ao custo de reconstrução e reposição dos bens, além de a conclusão das despesas e obras acontecer no prazo de 180 dias.

As seguradoras limitam indenizações, sem aplicar os critérios de depreciação, anos de uso e localização, a duas vezes o valor de novo do imóvel.

Mas se o sinistro ocorrido no seu imóvel também atingir a residência de vizinhos e se você contratou o seguro de responsabilidade civil, a indenização prevista para essa cobertura é independente do valor de avaliação da sua casa. Porém, a garantia de responsabilidade civil depende da comprovação, como o nome diz, de que você foi responsável pelo dano ao imóvel alheio.

Ou seja, os danos causados à propriedade de outras pessoas serão pagos até o montante de indenização que você contratou.

Os danos aos bens materiais da sua casa que foram segurados são indenizados seguindo parâmetros semelhantes ao do imóvel, isto é, mediante a aplicação de uma tabela de depreciação.

Qual é o prazo para o pagamento da indenização?

O prazo para você receber a indenização é de 30 dias. Se a seguradora demorar mais do que esse tempo, terá que pagar juros e multa, além de corrigir a importância que lhe é devida. Esses critérios, contudo, têm que constar no contrato.

Mas a contagem do prazo pode ser suspensa, quando a seguradora solicitar novos documentos para esclarecer dúvidas na análise das informações sobre o sinistro.

Lembre-se de que esse questionamento precisa ser muito bem fundamentado para não se transformar num pretexto para retardar o pagamento da indenização.

Verifique na sua apólice os documentos exigidos para cada uma das coberturas que você contratou. Já é meio caminho andado para agilizar a indenização.

Recorra a seu corretor para acompanhar o processo e, se houver necessidades urgentes, peça adiantamento da parte da indenização que já estiver reconhecida como devida.

É importante realizar a contratação de um seguro e existem plataformas digitais que disponibilizam a simulação de um contrato detalhado. Pesquise sobre as seguradoras para que dessa forma a convivência na sua casa de madeira seja à prova de riscos.

Por Caroline Nunes